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EMIGRAÇÃO |
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Resenha
Histórica
A história de Portugal não se faz só de
emigrantes, mas também de imigrantes. Frequentemente vieram, a pedido do Estado para aqui desenvolverem actividades inovadoras
que o país carecia, outras para suprirem a mão-de-obra que nele escasseava.
No período dos descobrimentos (séculos
XV-XVI), Lisboa fervilhava de estrangeiros. Algo semelhante ocorreu no século XVIII. Na primeira metade dos século XX, em
dois momentos o país recebeu milhares de estrangeiros, tendo muitos aqui fixado residencial definitiva (ex.Calouste Gulbenkian)
ou apenas temporária (ex.Ortega y Gasset). O primeiro foi nos anos trinta, durante a Guerra Civil de Espanha(1936-1939), e
o segundo durante a 2ª. Guerra Mundial (1939-1945).
Durante a década de 50 o número de estrangeiros
residentes, manteve-se estável, oscilando à volta dos 25.000 indivíduos. Na sua maioria residiam no país há muito tempo, ligados
a importantes actividades como o comércio do vinho do porto, exploração mineira, etc.
Em 1960, a maioria dos cerca de 30 mil estrangeiros
eram europeus (67%) e brasileiros (22%). Entre os primeiros destacavam-se os espanhóis (40%).
A abertura em relação ao exterior (1959),
e o desenvolvimento económico a partir dos anos 60, traduzem-se num aumento dos imigrantes profissionais, nomeadamente alemães
e ingleses.
No princípio da década de 70, devido à
escassez de mão-de-obra, o Estado fomenta a emigração de trabalhadores cabo verdianos e de outras colónias africanas. Após
o 25 de Abril de 1974, com a independência das colónias dá-se um brusco aumento da imigração das mesmas, acentuada pelos conflitos
militares que nelas continuam a ocorrer.
Processa-se então uma alteração significativa
na percentagem e composição da imigração. A cota da população estrangeira passa de 0,33% em 1960 (29.429 indivíduos)
para 1,10% em 1981 (108.526). O maior aumento ficou a dever-se à imigração de origem africana. Em 1960 constituía 1,5% dos
estrangeiros, mas em 1981 atingia já os 44%.
A entrada de Portugal na CEE. em 1 de
Janeiro de 1986, provocou um natural aumento do número de estrangeiros ligados a actividades económicas, mas estimula também
a vinda de um número crescente de imigrantes, não apenas dos países lusófonos, mas também de outros europeus e norte-americanos
(EUA, Canadá, etc.).
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No final de Abril de 2002, estavam registados em Portugal 389 mil imigrantes, dos quais 91 mil
oriundos dos países do Leste europeu. Calcula-se que o número de imigrantes ilegais seja superior a 100 mil, na sua maior
parte cidadãos da Moldávia, Ucrânia, Rússia e Roménia, mas também de países de expressão oficial portuguesa |
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José
Nogueira dos Reis
Acerca do Historial de Santa Eugénia
Sobre o historial
de Stª Eugénia, preocupo-me em nunca perder de vista os princípios programáticos como horizonte de referência. Daí que o texto
elaborado se procure aproximar, quanto possível, dos referidos princípios, o que não supõe, necessariamente uma submissão
.
Há no programa
que a mim próprio propus, pressupostos implícitos e explícitos dos quais destaco os seguintes:
1- O reconhecimento da importância da origem da povoação na sua história
actual;
2- O reconhecimento da minha preocupação primordial pelo viver
da pessoa humana;
3- O reconhecimento da importância daquilo a que costumo chamar de ciências
auxiliares da história, no desenvolvimento da pessoa humana;
4- A minha proposta de uma abordagem hermenêutica, interpretativa,
que julgo facilitará, facultará, o recurso a um significado oculto traduzível noutra linguagem, melhor, noutra ou noutras
interpretações, buscas, melhoramentos, novas descobertas, etc.
A interpretação
, é precisamente, uma busca de significado e distingue-se do conceito de explicação que é, nas ciências a procura de causas.
Ler uma obra, é Tomá-la como um acontecimento significativo. Fazê-la emergir na sua verdadeira natureza e integridade. A tarefa
hermenêutica, consiste na clarificação da obra, através do desenrolar interno do seu significado e na relação de cada uma
das partes entre si, como um todo e, mais amplamente, com o espírito da época.
Daí, a necessidade
de compreender a obra na sua relação com a visão do antes e com a visão total da época. É nesta dinâmica que consiste o circulo
hermenêutico. Neste meu modesto trabalho procurei fazer um pouco disso tudo ao mesmo tempo, isto é: Ao mesmo tempo que consultava
e lia obras de vários autores, tentando aplicar-lhe o atrás descrito, fazia, escrevia praticamente em simultâneo, esta
pequena obra, tentando fornecer ao leitor, não só o contexto épocal, mas também, quanto possível, uma visão panorâmica da
totalidade do meu pensar, em relação à origem, desenrolar e actualidade, da nossa mui nobre e querida «parvónia».
Que Santa
Barbara me guie nessa tarefa e guarde todos os Santa-Eugenenses de nascimento e ou opção. Pois, o que hoje somos, é fruto
de uma «miscelânea» de povos e culturas que muito nos enriqueceu. É, provavelmente por isso, que nós somos como
o mel; somos uma especiaria elaborada a partir de uma infinidade de pólenes , sabores e plantas.
Julgo também,
ser oportuno referir, porque se me afigura legitimo, que a leitura das obras, sua interpretação e comentários, só são viáveis
«se o aluno for instruído nos processos, problemas e doutrinas históricas, psicológicas e até filosóficas, que alimentam o
discurso do autor. Pretendo referir com isto, que a precariedade do meu saber leva-me muitas vezes a lacunas e ou vazios,
impeditivos para mim, de vos apresentar um trabalho que, senão mais profícuo, com certeza, mais científico. Peço por isso
humildemente desculpa.
Para além
da eventual resistência que um texto de história, mais ou menos difícil, pode criar no leitor (resistência que em mim
é infinitamente alargada), há que ter em conta que no caso particular da história de Stª Eugénia, os textos (escritos ou falados)
que na maior parte das vezes encontramos, achamos, encontram-se repletos de interpretações em que a mistura do cientifico
se encontra envolvida num emaranhado de interpretações, dizeres, alusões, «à-partes», lendas e mitos, em que o que os separa
é tão ténue, que ainda dificulta grandemente essa original problemática.
Nesta óptica,
abordei o historial de Santa Eugénia, como pressuposto fundamental para a compreensão do essencial ao longo dos tempos. É
minha convicção que este não é o horizonte final, o que implica a exigência de uma abordagem da nossa história, que
englobe campos como: arqueologia, gastronomia, folclore, antropologia e outros, para os quais, não estou particularmente preparado,
informado, e, muito menos, certificado.
Considerando
ao menos que eu tenha conhecimento que, pela primeira vez, há a preocupação de elaborar, numa visão - mais ou menos
de totalidade a história de Santa Eugénia, foi apenas e só, minha preocupação contribuir para que outros dispusessem de um
ponto de partida quiçá mais capazes para um trabalho mais completo e meritório, aguçando-lhe ao mesmo tempo, o apetite para
o devorar e ou ultrapassar. Pois, não obstante o meu empenhamento na elaboração deste trabalho, tenho a convicção profunda,
de que ele é susceptível de melhoramento e, consequentemente competirá a outros mais capazes, formados, por exemplo em história
e ou sociologia e outros destinatários, com capacidade para tal, proporem criticas fundamentadas e sugestões no sentido de
novas e diferentes abordagens, novas propostas de trabalho e novos horizontes de análise. Mais satisfeito ficaria ainda, se
fossem até um pouco mais longe que o atrás referido, elaborando uma nova obra de raiz. Estarei ao dispor, para fornecer o
pouco conhecimento que adquiri, na feitura deste.
Até lá, com
a graça do senhor, um muito obrigado a todos, do sempre ao vosso dispor
José Nogueira
dos Reis.
Viva Santa Eugénia
Santa
Eugénia encontra-se a catorze (14) quilómetros da sede de concelho para nordeste e a um e meio (1.5) do rio Tinhela.
Localiza-se no sopé do monte de Santa Bárbara, numa zona de transição do Douro para a região de Trás-os-Montes e no limite
da Região Demarcada do Alto Douro, segundo os limites fixados pelo Marquês de Pombal em meados do século XIX. Na época medieval,
esta freguesia já era referida na documentação portuguesa. Assim aconteceu desde o século XII, e parece que a freguesia terá
mesmo constituído uma paróquia de origem sueva ao longo do século VI. Uma época que representou o lançamento das primeiras
sementes do cristianismo. Segundo
a lenda, o nome desta freguesia derivou da aparição de Nossa Senhora, em tempos muito remotos, no monte que hoje tem o nome
de "Cabeço de Santa barbara. Certo dia, nasceu neste lugar uma menina muito linda, a que os pais chamaram Eugénia. Esta quis
dar o seu coração a Cristo, não se casando, contra a vontade do pai. Fugiu e quase morreu, assassinada por ele. No momento
em que a execução se consumava, apareceu-lhe Nossa Senhora, que a salvou da morte eminente. A população, reconhecida, deu
o nome de Santa Eugénia àquela terra. No
foral atribuído a Alijó em 1226, por D. Sancho II, Santa Eugénia é uma das freguesias integradas no seu termo. Neste foral,
faziam parte do concelho de Alijó as seguintes povoações:
Alijó,
granja, Presandães, Chã, Valdemir; Santa Eugénia, Casas da Serra, Carlão, Franzilhal, Safres, Castedo e Cotas. Valdemir e
Santa Eugénia, passariam posteriormente para o concelho de Murça, pois nas Inquisições de D.Afonso III, em 1258, se averigou
«quod homines de Mussa filiavernt tantam heriditatem de Ligoo quod fecerunt ibi unam que vocatur Sancta Ougeja...». D. Afonso
III, ao confirmar, em 1269, com novo foral, o anterior passado no reinado de seu irmão, ainda inclui a aldeia de Santa Eugénia,
mas condicionalmente - «Do et concedo insuper vobis cum isa villa de Aligoo aldeyam de Prazenães et aldeyam de Sancta Ogenia
(...) si eas vincere per directum poteritis». A verdade é que no recenseamento de 1530, ordenado por D. João III, já Santa
Eugénia aparece no Concelho de Murça com oito (8) famílias. E só regressaria à posse de Alijó com a reforma administrativa
de 1853 que lhe deu a área actual .
Da
paróquia de Murça emancipam-se eclesiasticamente Pópulo (com os lugares de Caldebois, Estrada e Vale de Cunho), Pegarinhos
( com Castorigo e Valdemir) e Santa Eugénia, de todas uma das mais antigas.
Civilmente
foram integradas no Concelho de Alijó com a referida reforma administrativa de 1853 (?)
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Brasão da Freguesia de Santa Eugénia
O Diário da República, III Série, nº
33 de 16 de Fevereiro de 2005, torna pública a ordenação do Brasão, Bandeira e selo da Freguesia de Santa Eugénia, do Município
de Alijó, tendo em conta o parecer emitido em 1 de Outubro de 2004, pela Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos
Portugueses, e que foi estabelecido, nos termos da alínea q), do nº 2 do artigo 17º do Decreto-lei nº 169/99, de 18 de Setembro,
sob proposta desta Junta de Freguesia, em sessão da Assembleia de Freguesia de 30 de Dezembro de 2004:
Brasão
- Escudo de Azul, uma Águia estendida de Prata, Bicada , Armada e Sancada de Vermelho, entre Duas Oliveiras Arrancadas de
Prata e Frutadas de Ouro; Em Chefe, Uma Palma de Ouro posta em Faixa e, em Campanha, Três Burelas Ondadas de Prata e
Azul. Coroa Mural de Prata de Três Torres. Listel Branco, com a Legenda a Negro: «SANTA EUGÉNIA - ALIJÓ».
Bandeira
- Amarela. Cordão e Borlas de Ouro e Azul. Haste e Lança de Ouro.
Selo
- Nos Termos da Lei, com a Legenda: «Junta de Freguesia de Santa Eugénia - Alijó».
Quarta-Feira,
16 de Fevereiro de 2005
Por:
José Nogueira dos Reis
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Portugal
Nome oficial - República Portuguesa
Fundação da Nacionalidade - 1143
Instauração da
República - 1910
Sistema Político - democracia
Símbolos Nacionais - Bandeira Nacional e Hino Nacional
Língua - português (existem também duas pequenas áreas onde se falam mirandês, derivado do asturo-leonês, e
barranquenho). O português é ainda língua oficial noutros sete países e é falado por mais de 200 milhões de pessoas
Sistema constitucional - Presidente da República (eleito por sufrágio universal cada cinco anos), Assembleia da República (eleita
por sufrágio universal cada quatro anos), Governo (constituído com base na eleição para a Assembleia da República), Tribunais
(Tribunal Constitucional, Supremo Tribunal de Justiça, tribunais superiores especializados [Administrativo e de Contas], tribunais
de segunda instância e tribunais de primeira instância)
Partidos políticos
representados no parlamento - Partido Socialista, Partido Social Democrata, Partido
Comunista Português, Partido Popular, Bloco de Esquerda, Partido Ecologista Os Verdes
Divisão territorial
- duas Regiões Autónomas (Açores e Madeira) e 18 distritos no Continente
Capital - Lisboa
Área - 92 152 km2
População -10 536 milhares (2004)
População activa - 5 523 milhares (2004)
Densidade populacional
por km2 - 114 (2004)
Religião maioritária - Católica Romana
Moeda - Euro (dividido em 100 cêntimos)
Produto Interno
Bruto - 135 035 milhões Eur (2004)
Produto Interno
Bruto per capita - 12 817 Eur (2004)
Clima (temperaturas médias) Costa e Arquipélagos - Inverno: 12º; Verão: 21º Interior
e zonas montanhosas: Inverno: 5º; Verão: 25º
História
A história do Estado
Português começa com a assumpção do título de Rei por D. Afonso Henriques, conde de Portucale, em 1143. Esta ruptura política
com o Reino de Leão é provocada por uma aliança entre os grandes senhores a sul do Rio Minho, com o apoio de algumas ordens
religiosas e militares. Os seus grandes centros são Braga (a mais antiga capital dos reinos pós-romanos e que disputava a
primazia cristã das Espanhas com Santiago de Compostela), o Porto e Coimbra.
As primeiras escolhas
que se colocam ao reino são entre a expansão para Norte (a Galiza, com quem o irmana a cultura e a religião), e para Sul (com
quem também o irmana a cultura, mas, na época, dominado pelos muçulmanos). A escolha, ditada pela força de Leão, acaba por
ser o Sul, conquistando o primeiro Rei quase todo o Alentejo.
A expansão para
Sul, com avanços e recuos geográficos, alianças e guerras com os Estados muçulmanos do Alentejo e Algarve, continuará a ser
uma constante até meados do século XIII. As fronteiras actuais de Portugal Continental datam dessa época, sendo as mais antigas
da Europa.
Os conflitos com
Leão (impedindo as tentativas de expansão para Leste) e com Castela (quando este Reino absorveu o de Leão) prosseguiram, interferindo
os três (e depois dois) Estados nas políticas internas uns dos outros.
Ao mesmo tempo criam-se
alianças (através de casamentos reais) com os outros Estados peninsulares (que não Leão) e com países da Europa do Norte e
reforça-se o poder da monarquia através da aliança com os burgueses dos concelhos, evitando assim a feudalização do País.
O rei passa a governar com as cortes, onde estão representados os Três Estados (Clero, Nobreza e Povo).
A conquista dos
territórios do Sul faz-se através da integração das populações de religião Islâmica e Judaica (para além das populações cristãs
que se mantinham sob domínio muçulmano).
Ao mesmo tempo,
Portugal desenvolve-se economicamente, estabelecendo relações comerciais (exportando produtos mediterrânicos e marítimos)
com a Europa do Norte e com o Magrebe.
No século XIV começam
a brilhar as primeiras luzes da Idade de Ouro de Portugal. A sua língua separa-se do galaico-português, a sua corte ganha
brilho intelectual de dimensão europeia, funda-se a universidade.
Portugal continua
a interferir militar e politicamente nos assuntos da Península, sustentando guerras com o seu vizinho castelhano, mas lutando
também, em casos específicos, ao seu lado contra o inimigo religioso comum (o Califado de Córdova e, posteriormente, o Reino
de Granada).
A afirmação marítima
do País, que já tinha tradição de navegação anterior à fundação do Estado, inicia-se então, com as primeiras viagens marítimas
às Canárias, datando dessa época a rivalidade comercial entre Lisboa e Sevilha.
O episódio de Inês
de Castro, que foi cantado por toda a Europa durante o século seguinte ocorreu em meados do século XIV.
No final do século,
Portugal foi afectado pela crise social que percorreu toda a Europa, conjugada com uma crise política interna relacionada
com a que ocorria em Castela e na qual Portugal interferiu fortemente, tal como Castela na portuguesa.
A crise terminou
com a vitória de um novo rei, com o reforço dos poderes dos concelhos e a aliança entre Portugal e a Inglaterra (a mais antiga
aliança estável da Europa), através da qual ambos os países reforçaram os seus laços comerciais e políticos e se prestaram
mutuamente apoio militar (os ingleses enviando corpos de arqueiros e os portugueses enviando navios).
No século XV, resolvida
a crise e estabilizado o País, Portugal lança-se na expansão para Sul e para Oeste através do oceano. É descoberto oficialmente
o arquipélago da Madeira e, depois, o dos Açores, a um terço do caminho entre a Europa e a (futura) América. São conquistadas
cidades no actual Marrocos.
Ao longo de todo
o século a expansão marítima continua e ganha uma importância económica, política, intelectual e espiritual cada vez maior.
As viagens sistemáticas
pela orla do continente africano (mas obrigando a viagens em mar alto no regresso, devido ao regime de ventos) descobrem para
a Europa um novo mundo, apenas conhecido pelas memórias dos romanos (havia mil anos atrás) e pelos contactos com os povos
do Norte de África.
Portugal estabelece
feitorias comerciais e relações políticas com os Estados que encontra, mantendo com as zonas onde estes não existem contactos
mais esporádicos. O Continente passa então a funcionar como grande placa giratória do comércio internacional entre a África
e a Europa.
Navegadores portugueses
exploram sistematicamente toda a costa atlântica de África e também a sua costa índica, alcançando a almejada Índia por mar
antes do dobrar do século.
Ao mesmo tempo, lançam-se em arrojadas, mas bem planeadas, expedições de exploração do Atlântico Norte
e Sul, descobrindo provavelmente várias zonas da América do Norte e do Sul.
Na Europa, pela
acção de Portugal, abrem-se novos campos a vários tipos de conhecimento.
No início do Século
XVI, Portugal domina os oceanos Atlântico e Índico, alcançando também o Pacífico Norte. As frotas portuguesas impõem a lei
no Índico, disputando a primazia, primeiro, e vencendo, depois, as frotas turcas.
Lisboa torna-se
então o maior empório comercial do mundo, e o modo de vida de Portugal baseia-se no comércio pela primeira vez global.
Apesar do seu poder
naval, Portugal não tem força suficiente para sequer pensar em aventurar-se no domínio da América do Norte, limitando-se a
expandir-se pelo Brasil (conhecido desde o século anterior, mas só descoberto oficialmente em 1500) de forma a proteger as
suas rotas para o Índico.
A ciência produzida
em Portugal dita então leis na Europa e é através dos portugueses que esta conhece (para além da fábula) a Etiópia, a Índia,
a Indochina, a China, o Tibete, as ilhas da futura Indonésia e o Japão.
Dois factos vêm
então marcar o começo da decadência deste império (que, mesmo assim, durará de 1415
a 1975), baseado no domínio tecnológico da navegação e da guerra naval e em pequenos pontos de apoio
em terra: a importação da Inquisição e uma crise dinástica que se sucede a uma derrota militar no Norte de África, onde se
tentava talhar um reino que compensasse o crescente poder da Espanha.
O chefe de Estado
português passa a ser Filipe II de Espanha e Portugal vê-se envolvido nas guerras contra a Inglaterra e os Países Baixos,
naquela que foi, de facto, a primeira guerra mundial, com operações militares na Oceânia, no Índico, na América e na Europa.
Portugal perde então
o domínio de imensos portos e rotas no que viria a ser mais tarde a Indonésia e mares adjacentes (algumas dessas comunidades
mantêm ainda hoje traços claros da presença portuguesa), mas consegue derrotar as pretensões holandesas em África e na América
do Sul.
Em 1640, Portugal
recupera a sua independência da coroa de Espanha (numa revolta contra o que começara por ser apenas uma união dinástica e
acabara sendo uma ocupação estrangeira), mantendo uma longa luta militar e diplomática para a garantir e para limitar as perdas
do seu império.
No início do século XVIII,
o império marítimo do Índico, a braços com a expansão holandesa e inglesa e com a falta de poderio (desviado para a defesa
do Continente e do Atlântico), soçobra lentamente, iniciando-se então o ciclo atlântico, centrado na expansão na América do
Sul e na criação do Brasil e nos arranjos com os ingleses, adversários comerciais no resto do Mundo e aliados políticos na
Europa, de um modo de convivência no Atlântico.
Apesar de tudo,
Portugal continua a ser uma das seis grandes potências europeias e uma das quatro grandes potências mundiais.
Portugal já não
dita leis no campo intelectual, científico e tecnológico, mas mantém-se a par da restante Europa.
As intervenções
na Europa destinam-se exclusivamente a garantir que a Espanha não adquira o poder suficiente para voltar a realizar a sua
ambição de dominar Portugal.
Ao contrário do
que fizera precedentemente (no Índico, onde dominou uma estratégia de domínio de portos comerciais e militares importantes
e a miscigenação racial), no Brasil, em parte devido à escassez de população, Portugal empreendeu uma política de emigração
populacional e de ocupação territorial sistemática.
Ao mesmo tempo,
faz-se um esforço de desenvolvimento económico e de reforma das estruturas administrativas, que encontra alguma resistência
política, que fará essas reformas gorarem-se no último quartel do século. Contudo, na área do conhecimento, Portugal continua,
já não a produzir, mas a importar o que de melhor se faz na Europa.
O esforço de desenvolvimento
económico é limitado pela dimensão do País e pelos acordos comerciais com a Inglaterra, onde a revolução industrial já segue
a pleno vapor.
Uma nova guerra
europeia, derivada da revolução francesa do final do século XVIII, virá, simultaneamente, perturbar o crescimento económico
e provocar a reforma política.
Devido às guerras
napoleónicas, Portugal passará, por alguns anos, a ser o único Estado europeu a ter o seu Chefe de Estado fora da Europa,
o que contribuirá decisivamente para a independência do Brasil, no primeiro quartel do século XIX.
Tendo sido um dos
primeiros Estados de regime absolutista, mesmo «avant la lettre», Portugal só mudará para um regime constitucional no segundo
quartel do século.
Este atraso, conjugado
com a destruição económica provocada pelas guerras napoleónicas e a perda do Brasil, provocará um longo período de instabilidade
política e de decadência económica.
Apesar de possuir
extensos territórios em África, Portugal não dispõe de meios para os povoar e para defender militarmente a sua presença, num
contexto em que as grandes potências (que Portugal já não é) se lançam numa política de ocupação efectiva deste continente.
Ao mesmo tempo, Portugal, com excepção do Brasil, não tem uma visão de ocupação territorial (que lhe será imposta pelas circunstâncias
em África), mas sim de estabelecimento de entrepostos comerciais.
Será, no entanto,
forçado, para não perder a única coisa que lhe dá estatuto mundial, a proceder à colonização dos territórios de Angola e Moçambique
através da ocupação militar.
O sonho de um novo
Brasil (desta vez em África e de costa a costa, ligando Angola e Moçambique através de territórios regularmente atravessados,
mas nunca ocupados) é impedido pelas ambições imperiais inglesas, criando o fermento para uma nova mudança de regime político.
O crescimento económico
continuou, mas de forma lenta, com Portugal a atrasar-se em relação à Europa, devido à falta de reformas nos campos relacionados
com o conhecimento.
No início do século
XX, Portugal muda de regime político instaurando uma República.
Resultado da crise
financeira que varreu a Europa após a I Guerra Mundial e da instabilidade política, o regime parlamentar (I República) foi
derrubado em 1926 por uma ditadura militar.
Em 1933, este regime
deu então origem ao Estado Novo, a ditadura que governou Portugal até 1974.
Portugal procurou
preservar a sua herança colonial contrariando a tendência dos tempos, mantendo uma longa guerra em três frentes que impediu
o desenvolvimento económico, intelectual e científico.
O fim da mais longa
ditadura da história da Europa Ocidental chegou em 25 de Abril de 1974, quando o Movimento das Forças Armadas, reinstaurou
o regime democrático.
Um ano depois, foi
eleita, pela primeira vez por sufrágio universal, uma assembleia constituinte, elaborada uma constituição e, mais outro ano
passado, eleita a Assembleia da República (parlamento) e um governo constitucional.
Após alguns anos
de instabilidade política, o regime, no começo dos anos 80, evoluiu para a democracia plena em que hoje os portugueses vivem.
Com a democracia veio o desenvolvimento económico, o florescimento cultural e científico e, cada vez mais, a afirmação no
campo das novas tecnologias.
Fechado o ciclo
do império (com a descolonização em meados da década de 70), Portugal aderiu à actual União Europeia, mas sem deixar de procurar
manter uma ligação estreita quer aos outros sete países que falam português (o que levou à criação da Comunidade dos Países
de Língua Portuguesa), quer às comunidades portuguesas e descendentes de portugueses espalhadas por todo o mundo.
No presente, Portugal
é um país constituído por três espaços territoriais (as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, no Atlântico, e o Continente,
na orla atlântica da Europa).
É hoje um país estável
social e politicamente, economicamente próspero, humanamente desenvolvido e que se afirma cada vez mais pela sua atitude e
capacidade de diálogo e de entendimento da diferença e pela sua cultura e modo de vida, resultado de séculos de estreita convivência
com modos de vida diferentes, a partir do momento em que, pela sua acção, nasceu o mundo moderno.
O POVO PORTUGUÊS
Há cerca de oito
séculos, numa Península Ibérica, indiscutível unidade geofísica, habitada por homens voluntariosos e aguerridos, formou-se,
consolidou-se e tornou-se independente, lutando com grandes dificuldades, mas tudo vencendo com determinação e tenacidade,
um Povo de características muito diferenciadas e bem definidas.
Foi o Povo Português.
A BASE DO CONJUNTO
PORTUGUÊS
Mais tarde, decorridos
três séculos, nos quais se confirmou a nacionalidade, esse Povo, insatisfeito no seu limitado espaço territorial e na ânsia
de grandeza, desinteressou-se um pouco cautelarmente da Europa e lançou-se, através dos mares, na descoberta do Mundo, em
aventura consciente e ponderada, afrontando obstáculos imensos que ultrapassou com as mesmas determinação e tenacidade.
Lançou-se na descoberta
do Mundo e descobriu-o. Desde então, adquiriu o conceito do universalismo e do uno, e entendeu e praticou, cada vez com maior
convicção, um princípio que Cristo abençoaria. O princípio da aproximação entre os homens; do bom relacionamento entre
etnias mais e menos, muito e pouco, desenvolvidas, até à miscigenação; da missionação católica, sem prejuízo da coexistência
de outras religiões e crenças; e da conciliação de culturas e tradições, e mesmo da sua fusão.
Foi a base da textura
étnico-social do Conjunto Português.
A PLENITUDE DO
CONJUNTO PORTUGUÊS
A meio do século
XX e já bastante depois da criação, para o Mundo, de um Brasil enorme e indiviso, multirracial e moderno, o
Conjunto Português estabilizara nessa maravilhosa textura étnico-social de autenticidade sempre crescente, cuja base se citou,
e numa grandiosa estrutura pluricontinental, compreendendo a Metrópole Portuguesa, na Europa, as Províncias Ultramarinas
Portuguesas de Cabo Verde, Guiné, S. Tomé e Príncipe, Angola e Moçambique, em África, o Estado Português da Índia e as Províncias
Ultramarinas Portuguesas de Macau e Timor, na Ásia. Este Conjunto integrava mais de vinte e cinco milhões de portugueses
e abrangia mais de dois milhões de quilómetros quadrados. Isto, sem contar com os quase quatro milhões de emigrantes portugueses
que, em numerosas regiões do Mundo, se mantinham e expandiam a maneira portuguesa de ser e de viver.
E, para além das
referidas textura étnico-social e estrutura pluricontinental, estava, então, iminente o milagre económico, repete-se, estava
iminente o milagre económico no Conjunto Português. Milagre com base na economia metropolitana, não muito acentuada, mas
factual, sólida, crescente e promissora - crescimento anual de mais de 7%. E já produtora de uma moeda - o escudo - sadia
e forte, invejada e desejada em todas as praças financeiras, e já produtora de reservas em ouro e em divisas como nunca as
havíamos tido nem viríamos, depois, a ter. Mas milagre com base, também e talvez principalmente, no desenvolvimento espectacular
das duas grandes Províncias de Angola e Moçambique, cujas riquezas imensas estavam em fase de adiantado arranque de exploração
ou já mesmo em plena exploração - crescimento anual de mais de 9%.
Nas pequenas Províncias,
o esforço orientara-se noutros sentidos. Por exemplo, em Cabo Verde
não havia analfabetos, na Guiné tinham sido erradicadas as doenças de carácter endémico e em Timor, rodeado
de muçulmanos, cerca de 80% da população abraçara o catolicismo.
Também, no Conjunto
Português, se situavam posições geoestratégias de excepção, quer em termos nacionais quer internacionalmente. Posições
sobre e nos Atlânticos Norte e Sul e sobre o Índico.
Ainda, em Portugal,
vigorava um regime autoritário, mas cujo autoritarismo era uma necessidade harmónica com os estados de guerra que sucessivamente,
e por responsabilidade de outros, se viviam e se viveram - Guerra de Espanha, 2ª Grande Guerra, preliminares da Guerra
Ultramarina de 1961/1974 e esta Guerra Ultramarina de 1961/1974. Porém e mesmo assim, esse autoritarismo era limitado e
condicionado pelo Direito e pela Moral Cristã. O regime conferia, deste modo, a Portugal, ao Conjunto Português, a qualidade
de Estado de Direito e, consideradas certas especificidades étnicas, religiosas e culturais, a qualidade de Estado de Moral
Cristã.
E, muito importante,
Portugal era um País pleno de dignidade, com uma política e uma administração dignas, e com dirigentes e populações
igualmente dignas, em termos internos e na sua projecção externa. Tal dignidade era conhecida e reconhecida pela Civilização,
como o mostravam os termos das relações internacionais em que o País e os portugueses tinham e mantinham. Como casos pontuais,
podem citar-se a integração e permanência de Portugal: na OTAN, a partir de 1949, data da sua fundação; na AIEA, a partir
de 1957, data do início do seu funcionamento; e na EFTA, a partir de 1959.
Kaúlza de Arriaga
“(...) esta doação faço, não por
mando, ou persuasão de alguém, (...) e porque em a vossa Irmandade [Ordem do Templo] e em todas as vossas obras sou Irmão
(...) Eu o Infante D. Afonso com minha própria mão roboro esta carta.”
Excerto da carta
de doação de Soure por D. Afonso Henriques aos Templários, 1129.
Este aturado e rigoroso trabalho de investigação
de Paulo Alexandre Loução vem tornar inteligível uma das maiores (senão a maior) lacunas da historiografia portuguesa: a
influência indiscutível dos templários na formação espiritual e territorial do nosso País. Numa linguagem profunda mas
acessível (o que torna a leitura apaixonante) este ‘octógono temático’ tem a virtualidade de harmonizar o rigor
histórico com a tradição esotérica, condição necessária para entrarmos no universo‘mágico’ daqueles misteriosos
Cavaleiros do GRAAL.
As nossas
mais antigas raízes
Panoias era a região hoje denominada de Vila Real. O Povoamento do local tem origens que remontam ao Neolítico;
Com a Romanização, Panoias continuou a ser local de culto;
"...Os
vestígios arqueológicos são muitos e no caso dos rochedos sagrados de Constantim de Panoias chegam a ser impressionantes.
É um dos mais surpreendentes testemunhos do nosso passado pré-histórico..."
- Prof.
JOSÉ HERMANO SARAIVA in Guia Expresso das Cidades e Vilas Históricas de Portugal. –
O Santuário
de Panóias (monumento durante muitos anos designado por Fragas de Panóias) foi construído entre os finais do século II e os
inícios do século III d. C. É constituído por um recinto onde se encontram três (entre outras) grandes fragas nas quais foram
talhadas várias cavidades, de diversos tamanhos, bem como escadas de acesso. Numa das rochas foram também gravadas inscrições.
Esta rocha, que denominamos de n.º 1, situada na entrada do recinto, possui as inscrições conhecidas, e que chegaram até nós,
embora uma delas, ainda conhecida no século passado, tenha sido entretanto destruída.
VILA REAL
"Um
reino Maravilhoso"!...
"Vê-se
primeiro um mar de pedra. Vagas e vagas sideradas, hirtas e hostis, contidas na sua força desmedida pela palavra rija de um
Deus de terra. Tudo parado e mudo.
Apenas
se move, se faz ouvir o coração no peito, irrequieto, a anunciar o começo de uma grande hora. De repente, rasga o silêncio
da penedia uma voz assim:
-Para
cá do Marão mandam os que cá estão!...
Sente-se
um calafrio. A vista alarga-se de ânsia e de assombro. Que penedo falou? Que magia se apoderou de nós?
Mas
ainda os olhos interrogam as fragas, e já a voz terrosa ordena:
-Entre!
A gente
entra, e já está no REINO MARAVILHOSO!"
- MIGUEL
TORGA, ed. A., Coimbra, 1950. –
Em 1289, D. Dinis concedeu-lhe foral e fundou a povoação;
"...Jardins
magníficos e tesouros do passado são alguns dos atractivos do solar mais famoso do mundo!... Você vai ficar encantado com
a Casa de Mateus. Há várias gerações que os seus orgulhosos proprietários se dedicam a preservar a sua mágica beleza".
- MARION
KAPLAN in "A Magia da Casa de Mateus", Selecções do Readers Digest -
Vila Real
é a capital da província de Trás-os-Montes e uma cidade com vários séculos de história. Segundo se julga, terá sido habitada
no Paleolítico. Depois, por ela passaram os celtiberos, os romanos, os bárbaros e os muçulmanos, sendo da época dos romanos
o Santuário rupestre de Panóias. A região, pouco povoada, foi alvo de uma política de povoamento no século XII. No século
XIII, D. Dinis fundou a "Pobra" de Vila Real de Panóias, que deu origem à cidade de hoje. Uma cidade onde se cruzam igrejas
e conventos de várias épocas e estilos. Por ali passou o famoso arquitecto Nicolau Nasoni, deixando a sua obra visível na
fachada da Igreja dos Clérigos e no solar que é um dos mais belos exemplos de arquitectura barroca em Portugal - a Casa de
Mateus. Além deste solar, podem-se encontrar muitos outros nesta cidade que já chegou a ser conhecida como "A Corte de Trás-os-Montes". Depois
de descobrir as potencialidades de uma cidade que é capital de uma das mais importantes províncias vinícolas do país, não
é preciso andar muito em torno de Vila Real para descobrir a simplicidade de uma pequena aldeia chamada Vilarinho da Samardã,
onde Camilo Castelo Branco passou os primeiros e únicos felizes anos da sua vida. Depois, uma visita a Bisalhães e Vilar de
Nantes remete-nos para a simplicidade do barro preto e das mãos que lhe sabem dar diferentes formas. São já as mulheres de
Agarez que aplicam as suas capacidades no trabalho manual do linho.
Nas margens
do Rio Corgo, um dos afluentes do Douro, a cidade de Vila Real ergue-se a cerca de 450 metros de altitude, numa região que revela indícios de ter sido habitada desde o Paleolítico.
Vestígios de povoamentos posteriores, como o Santuário Rupestre de Panóias, denunciam com segurança a presença dos romanos
na região, mas os tempos que se seguiram, durante as invasões bárbaras e sobretudo muçulmanas, impuseram um despovoamento
gradual que só terminou com a aproximação do séc. XII, com a outorga em 1096 do foral de Constantim de Panóias, pelo Conde
D. Henrique. Em 1289, por foral de D. Dinis (o primeiro dado por este monarca a Vila Real) é fundada a pobra de Vila Real
de Panóias, que viria a transformar-se na cidade de hoje.
Concelho
de Alijó
A vila
de Alijó, situada a cerca de 45 quilómetros
da capital do Distrito - Vila Real - localiza-se numa vasta área de cultura castreja. Sofreu, como tantas outras localidades
do actual concelho, as vicissitudes resultantes da romanização e da ocupação mourisca.
Implantada
num eixo que terá servido de fronteira em permanentes mutações, dividia cristãos e árabes. Foi por estes destruída e posteriormente
abandonada.
Só a partir
do primeiro quartel do século XII é que graças aos sucessivos forais outorgados por D. Sancho II, (1226), D. Afonso III (1269)
e, mais tarde, por D. Manuel I , já no século XVI (em Julho de 1514), recomeçou o seu povoamento.
Serviu
de motivação para os que demandaram este concelho, além das regalias concedidas, o seu clima e solos extraordinariamente ricos,
particularmente para a produção de vinho generoso, acreditado "embaixador português" em todo o Mundo.
No entanto,
só a partir dos séculos XII e XIII é que se assistiu a uma ocupação ordenada, tendo sido atraídos vários representantes da
nobreza e da alta burguesia. Foi o caso do marquês de Távora - primeiro donatário de Alijó e seus termos, bens incorporados
na Coroa após a execução dos Távoras, em pleno consulado pombalino.
Pelo Concelho
de Alijó, existem dispersas várias manifestações do seu povoamento antigo, desde castros a pinturas rupestres e a vestígios
de estradas romanas. A própria hagio-toponímia evidencia que do século VII ao século XIII se manteve na área do concelho uma
população laboriosa, a qual conseguiu sobreviver às investidas quer dos mouros quer dos cristãos das Astúrias.
Alijó,
cuja etimologia teria origem na existência da história Legio Spetima Gemina, outras teses nos indicam que o topónimo advém
da palavra Ligioo, mais tarde Lijó, que pretenderia significar a natureza pedregosa do local naquela época, tem a sua monumentalidade
representada pelo pelourinho, algumas casas solarengas e a igreja com o seu conjunto de alfaias, objectos de culto e várias
imagens de relativo valor.
O conjunto
de arquitectura religiosa nesta vila, completa-se com as capelas do Senhor do Andor ou dos Passos; a capela de Nossa Senhora
dos Prazeres, no monte da Cunha, a de Santo António, no monte do Vilarelho; A arquitectura civil, com excepção do pelourinho,
está praticamente circunscrita à existência do edifício da Câmara Municipal - Paços do Concelho - parte do qual construído
no século XVIII e outra parte no século XIX. O brasão que coroa este edifício encontra-se picado, feito levado a cabo pelos
soldados franceses na Guerra Peninsular e no qual, em vez das armas do concelho, mandaram pintar as águias napoleónicas, então
ainda triunfantes.
Próximo
do monumental Plátano oriental, considerado M.N., mandado plantar pelo visconde da Ribeira de Alijó, em 1856, fica a antiga
Casa dos Távoras; porém, o mais importante solar que existiu nesta vila, foi sem dúvida, o Solar dos Viscondes de Alijó, no
qual se encontra instalado grande parte do comércio local.
Alijó
é sede de um concelho essencialmente agrícola que se estende desde a margem direita do rio Douro até aos limites do Concelho
de Murça e , ainda, entre os rios Tinhela, Tua e Pinhão, que lhe conferem uma área aproximada de 300 km2 envolvendo 49 povoações,
em 19 freguesias e quase 20.000 habitantes.
São as
suas gentes, na sua maioria, rurais que contribuem para o desenvolvimento e riqueza do concelho, aplicando-se na dureza do
trabalho do campo; A norte, a zona de planalto granítico e a sul o terreno xistoso, inclinado para o Douro, onde predomina
a cultura da vinha e onde se produz o Vinho do Porto.
Terra
rica em manifestações etnográficas, a sua gastronomia possui um sabor requintado e poderoso, onde reinam o cabrito assado,
o cozido à portuguesa, as tripas à transmontana, as carnes fumadas, a célebre bola de carne, e os milhos (da zona da montanha).
É de salientar também o famoso pão de Favaios muito apreciado e procurado por toda a região. Na doçaria, o destaque vai para
as célebres cavacas e amêndoas cobertas de Santa Eugénia, quinzinhos, pudim de amêndoa, pão-de-ló de água, bolo borrachão
e muitos outros de reminiscência conventual.
No campo
do turismo, Alijó tem imensas propostas a oferecer aos visitantes, como o turismo fluvial no rio Douro; o turismo ecológico
na foz do Tua, local privilegiado para a pesca desportiva, e uma riqueza imensa de miradouros e paisagens.
Tendo
Alijó tradições antiquíssimas no que respeita às feiras, festas e romarias, são estas também uma importante atracção turística.
Por tudo
isto e pelas suas características de uma tranquilidade e hospitalidade únicas, Alijó constitui sem dúvida, um dos locais mais
aprazíveis para passar umas férias de sonho, na quietude de um cenário quase paradisíaco.
Texto
integral, retirado do site da Câmara Municipal de Alijó.
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Fonte
MERGULHO
– DE BAIXO – E OU ROMANA
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José Nogueira dos Reis
Vista da Capela de Santa Bárbara |

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"Visite Santa Eugénia" |
Rua da Barreira, n.º12 -
5070/411 Santa Eugénia
História de Santa Eugénia

Falar de Santa Eugénia
Bate por Ti
Falar de Santa Eugénia,
é deixarmo-nos envolver por um certo transe, deslizando a tinta ao sabor daquilo que nos ocorre no pensamento, é sentirmo-nos
num espaço tão ínfimo, mas tão grande, tão nobre, que todas as palavras que se possam utilizar, é apenas um pouco daquilo
que sentimos desta maravilhosa terra.
Freguesia com profundas
raízes históricas, materializadas no belíssimo património cultural e na memória colectiva das suas gentes.
São múltiplas as potencialidades
turísticas: a beleza natural das suas serras, as aprazíveis paisagens, o rio «Tinhela», a gastronomia e o património arqueológico,
construído, etnográfico e artístico, constituem a identidade natural e cultural desta belíssima aldeia.
Orgulhamo-nos pois
de expor e tornar acessível a todos, através desta nova forma de comunicar, os traços gerais que caracterizam esta terra «Transmontana».
Quem nos visita pela primeira vez, dificilmente escapa ao desejo de visitar novamente este lugar deslumbrante.
Autor
José Nogueira dos Reis
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Tempos
longínquos
Foi por
volta do século III a.C. que o fenómeno da romanização se fez sentir no ocidente peninsular, atraídos pelas riquezas
naturais. O actual território nacional foi ocupado depois de sangrentas lutas travadas com os povos indígenas (tribos
celtas pertencentes à grande família dos lusitanos).
A permanência romana não foi inócua nem desguarnecida de sentido de oportunidade. Assim, por questões
militares (defesa) e económicas, organizavam política e administrativamente todo o espaço físico conquistado e sob o seu domínio,
por forma a haver um melhor controlo do território ocupado. Contudo a consolidação das políticas colonizadoras passavam também
pela estratégia de criação de infra-estruturas que assegurassem toda a operacionalidade de circulação de mercadorias, pessoas,
exércitos, ideias, etc..
A sua presença deixou, embora de modo desigual, marcas materiais bem visíveis em todo o país . É neste campo que
a freguesia de Santa Eugénia mostra vestígios de uma ocupação peculiar .
Autor :
José Nogueira dos
Reis
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.Património
Arqueológico
Santa
Eugénia, conserva um vasto conjunto de monumentos e sítios arqueológicos autênticos
que
preservam e perpetuam a memória ancestral de outras ocupações humanas com estádios
de
desenvolvimento cultural, social, económico e religiosos muito próprios dessas civilização
em
épocas distintas, em que o legado cultural por elas deixado, que o tempo e a modernidade
não
conseguiu apagar, faz a história da freguesia nos tempos mais longínquos, desde a Pré-história
à
Idade Média.
Não
é menos verdade que já se destruiu algum Património Arqueológico, a saber:
1-
Calçada Romana - “A Calçada
do Rapalobos (Rapa lobos)”, por onde construíram a Estrada Municipal Santa Eugénia vs Pegarinhos (Fins da década de
70);
2-
Calçada do Corisco – Calçada Romana sobre a qual se cimentou para melhorar(?)
um caminho vicinal(Primeira década deste século).
Tanto
a primeira (Calçada do Rapa Lobos) como a segunda estavam na continuidade da Calçada Romana que se situa no rio Tinhela - que divide os Concelhos limítrofes de Alijó e Murça) e iam dar à Via Romana do Vale
de Maior (Alijó).
Para
não faltar em nada à verdade, isto é apenas minha convicção e por ter duvidas, alertei – na perspectiva de destruição
da segunda, pois, na primeira, a minha ignorância, nem duvidas me permitia – para que se mandasse vir alguém especializado
estudar a Calçada do Corisco, porém não fui escutado.
|
.A Origem da Povoação
A ocupação humana do território onde hoje é o lugar de Santa Eugénia,
remonta aos tempos da mais longínqua pré-história, conforme o mostram inúmeros achados arqueológicos nas redondezas,
que nos dão o testemunho de indústrias líticas (paleolíticas e neolíticas) implantadas na região.
Um dos centros arqueológicos da Freguesia, onde existem :
uma fonte Romana,«Fonte de Mergulho», a «Laje do Concelho», a «Igreja matriz», um «Cruzeiro», um «Chafariz» e
«Casas Brasonadas», é o centro da aldeia. |
Achados
Arqueológicos
Várias são as moedas romanas achadas em diversos locais das redondezas
pertencentes actualmente ao concelho Alijó, encontraram-se algumas com legendas tais como "NERVS CLAVDIVS AVGVSTVS" ou ainda
"VESPASIANVS AVGVSTVS", ambas referências a nomes de imperadores romanos do séc. I.
Outro centro arqueológico são as Grutas Rupestres, na freguesia
de Carlão, limítrofe de Santa Eugénia.
Aqui segundo se conta uma pintura Rupestre foi
destruída aquando da busca de Volfrâmio (contou-mo variadíssimas vezes, Francisco Henrique, Francisco Henrique Novo e Artur
Coelho dos Reis. Prova-o também o seu culto de origem sueva. Da época Romana existe, em pleno estado de conservação, uma «Fonte
de Mergulho», aqui denominada «Fonte de Baixo». |
|
Santa Eugénia, situa-se a cerca de 15km. de uma das saídas da I.P.4-Pópulo.
Tem a área Aproximada de: 779
ha (7.79km2)
As Freguesias limítrofes são: A Norte - Pegarinhos; A Sul - Carlão; A
Este - Candedo (esta do concelho de Murça); A Oeste - Casas da Serra (lugar da freguesia de Carlão)
Do total da Área referida, aproximadamente 480 ha, são de monocultura intensiva, a saber:
Vinha, cuja produção se destina ao fabrico de "Vinho do Porto" e,
o não beneficiado a "Vinho de Mesa".
Estão também preenchidos com olival tradicional, aproximadamente
100 ha. |
Orago: Santa Eugénia
Topónimo: Eugénia, de origem grega, significa Bem Vinda, Bem Aparecida,
de Boa Linhagem.
Marca de tempos remotos, estão, (estavam)
bem patentes,
na «Laje do Concelho»
Laje do Concelho
Concelho - substantivo masculino.
Significa : Circunscrição administrativa;
Subdivisão de Distrito;
Município.
Latim – conciliu.
Significa – Assembleia.
É precisamente da acepção Latina, que esta «Laje do Concelho»,
herdou o nome. Era o local onde os «vizinhos» (antigo nome dado aos habitantes bons), se reuniam em assembleia, quer para
eleger os seus dignos representantes junto de entidades hierarquicamente superiores (exemplo: Nos órgãos concelhios), quer
para resolver problemas respeitantes a si próprios e/ou à localidade. Servia também de «Tribunal Moral», isto é:
Ali eram publicamente denunciados os maus actos e seus
praticantes. O malfeitor, ou se emendava, ou era simplesmente arredado do mais simples convívio com os vizinhos.
Por sorte do destino, tinha esta «LAjE do Concelho» uma
outra função. Era precisamente o local de marcação limite, da altitude máxima permitida pelo Marquês de Pombal, para autorização
de «benefício».
Esta mesma «Laje do Concelho», situa-se precisamente num
dos extremos - início - da rua Marquês de Pombal. Coincidência ou propósito desta estranha relação, entre a «LAjE do
Concelho»(um pouco abaixo dos 500 metros de altitude)
e a rua «Marquês» de Pombal (autor da marcação da mais antiga região demarcada), com toda a modéstia, não o sei. Acho apenas
uma coincidência demasiado coincidente.
Vou, para um melhor entendimento deste sítio, fazer uma
retrospectiva histórica, de uma forma sucinta;
Pelouro – D.João I, por carta Régia de 13 de Junho
de 1391, descreve as grandes tropelias que as eleições para os concelhos provocavam “Grandes Sayoarias e rogos”,
através das quais só se criavam grandes ódios entre os «vizinhos».
Na dita carta Régia determinava-se o 1º recenseamento
eleitoral que Portugal teve. Nele se mandava que os oficiais do governo fizessem «róis». (...) o nome era escrito num papel
separado e metido numa bola de cera, chamada pelouro – daí o nome dos actuais pelouros das vereações – eram estes,
por sua vez, metidos numas caixas a que hoje damos o nome de urnas e então se chamavam «capelos».
Mas as queixas de fraudes eleitorais continuaram, pois,
tem-se conhecimento de que esse problema foi posto também nas cortes de Évora de 1451.Outras dificuldades atravessou o processo
de eleição dos «edis», e não menor foi a de em certos concelhos haver tantos indivíduos com privilégios religiosos ou dados
pelo rei, que por eles se esquivavam os cargos para que eram eleitos. Estou absolutamente convencido, de que estas fraudes
e problemas, sempre se mantiveram, mas, também, a necessidade dos «vizinhos» de beneficiar de um executivo local, que compreende
os problemas da terra e dos homens do respectivo concelho.
Então, os caciques, ontem como hoje, procuram eternizar-se
no poder. Uma das formas mais antigas de o fazer, era e é, amedrontar os mais necessitados. Para tal, é absolutamente necessário,
exercer algum modo de pressão e/ou controle. A fórmula aqui encontrada (e não só aqui), era dar-lhe uma aparência «séria»,
fazendo eleições para escolha «livre?», pelo menos na aparência, mas de dedo no ar!!!. Porque assim, as pessoas de condição
social inferior, com medo de represálias futuras, elegiam quem os mais privilegiados queriam. Essas eleições,
eram realizadas na LAJE DO CONCELHO. |
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Celebridades
Figuras Ilustres, pré-25/4/1974:
José Cunha Cardoso
Manuel José Guerra Santos Melo
Responsável por: Luz eléctrica; Água Pública; Casa do
Povo; Reparação da Capela de Santa Barbara, Igreja Matriz, Cemitério, Escolas. Para além da água ser explorada numa sua propriedade,
ainda hoje, quando existe escassez de água, a sua família põe uma torneira de água a correr para toda a povoação.
Professor Doutor Ernesto Morais
Natural de Pegarinhos, abraçou a Freguesia de Santa Eugénia
por matrimónio e adopção. Era em Santa Eugénia
que passava as suas férias e, onde passeava as suas «quintas».
Director do Hospital de São João – Porto - , Professor
Universitário, grande Investigador e enorme Cientista.
Ajudou muitos concidadãos – de Santa Eugénia e
de Pegarinhos - , visitando-os, a terem tratamento de Excelência no Hospital onde Sua Senhoria o Senhor Professor Doutor era
Director.
Bem haja e que Deus lhe escancare – abra –
as portas do paraíso.
Pós 25/4/1974:
Doutor António Alves Martinho

Deputado na Assembleia da República, em dois mandatos
consecutivos. Grande defensor do «Douro» e principalmente dos durienses. Conhecedor das dificuldades destas terras, nunca
se escusou a esforços, quer na defesa da melhoria das condições socio-económicas, quer na defesa dos seus mais elementares
direitos. Enquanto deputado na Assembleia da República, fez várias visitas de trabalho à Casa do Douro, bateu-se galhardamente
pela sua recuperação económica e pela recuperação da linha de orientação da sua origem, que era a defesa intransigente dos
lavradores do douro, seus associados. Foi sempre defensor de uma forte representatividade dos pequenos e médios produtores
do douro, nas instituições oficiais, e/ou representantes da «região». Na continuidade desta orientação de defesa, que sua
Ex.ª, o senhor Doutor Martinho perfilhou, fez parte da Direcção da Adega Cooperativa de Alijó.
Uma das suas paixões - ou não fosse ele uma figura
de elevadíssima vontade de igualdade de oportunidades, melhoria do factor social, acesso de todos à educação e à saúde - era
o associativismo, como forma aglutinadora do reunir das gentes, do reflectir, do ensinar, do aprender, do divertimento sadio,
do desenvolvimento harmonioso da pessoa humana e da maturidade democrática adquirida na mais pura convivência. Assim sendo,
pode dizer-se sem receio de qualquer espécie de inverdade, que a ele se deve, a sede do «Grupo Desportivo Cultural e Recreativo
de Santa Eugénia. Obra que orgulha todos os concidadãos desta terra, da qual ele foi co-fundador e Presidente vários anos
. Foi
Presidente e sócio-fundador da Associação dos Amigos do Museu do Douro e é o actual Governador Civil do Distrito de Vila Real.
Professor Manuel Adérito Figueira
Vice-Presidente e Vereador do Pelouro de Obras na Câmara
Municipal de Alijó. Dotado de uma capacidade de trabalho em prol do bem público, fora do comum, defensor da cultura popular,
suas tradições e festas, respeitador dos seus mitos e ritos, a ele se deve, entre muitas outras coisas, a continuidade da
«NOSSA FESTA». Foi também Presidente da Assembleia-geral do Grupo Desportivo.
Sem prejuízo das outras terras, tem contribuído enquanto
Vereador do Pelouro das Obras da C.M. de Alijó, para o desenvolvimento do património edificado e do bem-estar dos habitantes
desta freguesia. A ele se deve – em grande parte – a continuidade da existência do Centro Social.
Manuel Augusto Henrique Magalhães
Detentor de elevada cultura e
capacidade de raciocínio, tem desde sempre como primeira qualidade – em minha opinião – a sua honestidade. Ainda
há pouco tempo, vendeu um monte – que toda a gente dizia ter sido um excelente negócio para ele – e recebeu 500
contos (2.500 euros) de sinal. Passado algum tempo o potencial comprador foi ter com ele para por ter ao negócio, pois, disse
ter pensado melhor.
Porém, despediu-se e, quando virou
costas o Magalhães chamou-o e disse-lhe:
Espere aí para lhe devolver o
sinal.
Quem o fazia?
Parabéns Magalhães e mais uma
vez deste continuidade aos valores que sempre viste serem praticados pelos teus pais.
Eu não fiquei nada surpreendido.
O AUTOR DESTE SITE
José Nogueira dos Reis
Sua habitual
companhia
Homem de elevada filantropia, contribuiu fortemente
para o desenvolvimento cultural das gentes desta freguesia – desde os jovens, aos adultos – homem de um só carácter,
de um só ser, fosse qual fosse a fase da vida por que estivesse a passar. Foi fundador e Co – fundador de todas as associações
culturais, de solidariedade, associativas, desportivas e/ou recreativas. Refundou o teatro, deu educação a adultos, foi promotor
cultural, fundador (nesta freguesia) do partido socialista, tendo contudo, sempre presente o desenvolvimento, independência
e afirmação destas gentes. Homem de uma simplicidade fora do comum, aparecia e desaparecia, quase sem se dar por ele!!. Pessoa
sempre pronta a compartilhar o seu conhecimento, nunca se esquivou a dar uma boa e útil informação, a procurar ele próprio
informar-se para informar. Fruto do seu avanço, quer para a época, quer em relação aos seus conterrâneos, trilhou caminhos
amargos, que só a ele prejudicaram, mas, que lhe serviram de ensinamento para segurar a queda de outros. Julgo mesmo, que
o seu maior inimigo, foi o seu avanço. Para se saber um pouco mais de este «SENHOR», VISITEM-SE OS SEUS SITES:
http://zereis.tripod.com/ ; http://nogueirareis.tripod.com/alijo/
(Aqui encontrarão hiperligações para outros)
José dos Santos
Varela e D. Alice Vilela
São
para mim figuras únicas e ímpares. Nascidos há quase um século, tiveram o amor
e inteligência suficientes para mandar Formar os seus quatro (4) filhos l. Estes, por sua vez, prestaram a melhor vassalagem
possível aos seus amados pais; como? Sendo todos detentores de uma cultura e Q.I. muito acima da média, e, tão ou mais digno
do que isso, sendo todos possuidores de um espírito de solidariedade pouco comum, nos tempos que decorrem.
Dona
Teresa Varela e Dona Ester Varela
Ambas
professoras primárias, são inovadoras na forma de ensinar as crianças, deixando para trás tempos de outras «Donas». Foram
mesmo pioneiras de uma forma de ensinar (e eu fui seu aluno) justa, profissional e mesmo democrática. Parabéns. Pessoalmente,
sempre que os meus professores de ciclo ou liceu, me diziam: Bem aventurado o seu professor (a)da Escola primária, ou parabéns
ao professor (a)que teve na primária, eu respondia: Grato estou à minha professora de Admissão; Parabéns, dou, por tudo quanto
me ensinou e por nunca se esquivar ao trabalho de me preparar, quer para o ensino, quer para a vida, à Exmª Dona Ester Varela,
minha professora de Admissão, que julgo ter aprendido com ela em quatro meses, mais que muitos, e eu próprio, com outros professores,
em quatro anos. Eu não tive a sorte de conhecer tão profundamente a irmã - Dona Teresa Varela - mas, cresci e nasci na mesma
aldeia que a viu nascer, fui seu vizinho e hóspede da sua SANTA SOGRA, e, julgo ter o conhecimento suficiente, ao conhecer
também seus filhos e marido, que a sua dignidade em nada é inferior à de sua irmã - Dona Ester Varela - e minha professora
de admissão. Em conversa com seu primo - Guilhermino Magalhães - sobre este tema, ele disse-me: Zé, há duas senhoras
que eu admiro imenso, uma é minha mãe, outra é a minha prima Teresa.
Conheci
«Professores», que faziam «bons alunos», daqueles que já iam ensinados, aos outros, nem cartão lhe passavam. Agora estas
Senhoras com S grande, nunca se pouparam a esforços para ensinarem todos os alunos, de acordo com as necessidades de aprendizagem
de cada um.
José Manuel Vilela Varela
Professor de Filosofia, é uma autêntica «enciclopédia», mas, quase permanentemente
aberta e ao dispor do Povo. É vê-lo irradiando a maior das felicidades, sempre que se apercebe que está a contribuir para
o avanço destas gentes. Devemos afirmar, antes que nos esqueçamos, que ele trava essa profilaxia há muitos e longos
anos. Há sem duvida pessoas - embora raras - que nascem não sei com que bichinho, que só lhes puxa para fazerem bem. Julgo
poder até dizer, que isso é a sua maior felicidade. Eu nunca me cansaria de o ouvir, cada conversa com ele equivale a muitas
horas de estudos/experiências, com a vantagem de não acontecerem erróneas interpretações ou deturpados conhecimentos que o
nevoeiro da minha ignorância pode ocultar. Cada «discussão» com ele, é uma viagem à terra do conhecimento, sem medo do «Pecado
original».
Só
estou bem comigo próprio quando me exprimo com uma única cara.
Ás
vezes agrado às pessoas, outras vezes não, mas a mim agrada-me ser eu mesmo.
Para
além de simplesmente célebres.
"Grandes Referências da minha vida - Externa à minha Família tradicional (Pai, Mãe e Filhos)"
Já
Falecidos:
Era
o «Tio Artur» - meu avô Paterno - chamavam-lhe assim (seu nome, era: Artur Coelho dos Reis; Era o «Zé do Carvalhal»
- meu avô Materno e meu Padrinho - chamavam-lhe assim (seu nome, era: José Augusto Nogueira); Era o Senhor «Francisco da Prudência»
- chamavam-lhe assim(seu nome, era:Francisco Henrique Novo); Era o Senhor «Santos Melo» - Chamava-se Manuel José Guerra
Santos Melo - , avô Materno de meus filhos. Única Família com capela particular. A ele se referia a célebre expressão popular,
"Eu é que mando, quem paga é o Senhor Santos"; Era o Senhor Hilário - Seu nome, era: Hilário Areias - , a ele se atribui a
célebre expressão popular, "Quem não sabe cala-se"; Era o Senhor Cunha - seu nome, Manuel de Almeida Cunha - , Enfermeiro-médico
de toda a população de Santa Eugénia - , a ele se atribui a hipérbole, "Encontrei mais de cem (100) bagos de azeitona no papo
de uma (1) perdiz; Era o «Zé L'ipio» - chamavam-lhe assim (seu nome, era:
José Alípio da Cunha Cardoso); Era o Senhor «Manuel Lousada» - chamavam-lhe assim (seu nome, era: Manuel João Varela)
- ,
Era
a Dona Rosinha – Proprietária Da Pensão Particular Onde Me Hospedei Quando Estudei Em Vila Real. Era uma autêntica Dona
e «Santa».
Felizmente
ainda vivos
O
Filho do Tabelas

-
Já não lhe chamam tanto assim (Doutor António Alves Martinho) - sua marca pessoal extravasa já para fora desta Freguesia,
deste Concelho e desta Distrito; O Zé Man'el - Chamam-lhe assim - José Manuel Vilela Varela, Professor de Filosofia - , uma
autêntica enciclopédia à disposição do povo; O Man'elzinho - Chamam-lhe assim (Seu nome, Manuel Augusto Henrique Magalhães)
- Gerente da Companhia de Seguros Zurich, em Vila Real
- ; A Menina Ester - chamam-lhe assim. Seu nome: Dona Maria Ester Varela - minha professora de Admissão. É o «Gaspar»
(meu primo carnal) - chamam-lhe assim - , obteve o primeiro curso (contabilidade) no Instituto Superior de Contabilidade e
formou-se agora em Direito Fiscal. É funcionário
da Administração de Finanças-Porto
É
o Senhor Martins – Seu Nome é Manuel Martins - , Filho da Dona Rosinha e Ex-Gerente da Companhia de Seguros Zurich em
Vila Real.
"Não
quero deixar passar a oportunidade de aqui referir que mesmo os primeiros continuam a viver, porque recordados."
Todos,
mas mesmo todos (a) estes meus amigos, admiro pela sua coragem, honestidade, lealdade, inteligência e filantropia. São uma
marca gravada em mim por dentro, uma contínua e permanente referência na minha vida, um exemplo.
Pessoas
com quem convivi - menos do que sempre desejei - , que tive a Fortuna de conhecer, com quem aprendi - sempre mais do que previ
- , desde a Étic à Moral, desde A Psicologia à História, passando pela Filosofia, desde a Matemática à Geografia, passando
pela Língua de Camões, desde a Teoria à Prática, passando por contextos reais de vida.
De
quase todos, recordo sorrisos, sorrisos lindos, francos e transparentes, que não raras vezes poisavam os olhos nas minhas
inquietações e me diziam: ´´Ó Zé, por vezes és tão ingénuo.
Recordo
nos primeiros, a coragem dos tempos difíceis - duas guerras mundiais, duas civis, uma colonial - , fome, guerras, e trabalho
de escravatura; E também nos tempos aparentemente mais fáceis, também recordo nalguns deles, as horas, os dias, as semanas,
meses... anos de resistência, tortura, etc.
Recordo
- em quase todos - , a capacidade de dizer não, de se opor, de dizer abertamente, não concordo e explicar porquê, de incomodar.
A capacidade de reconhecer que, enquanto seres vivos, não podiam deixar de reflectir, de aprender, de conjugar a vida com
a incomodidade de serem incómodos, de serem diferentes e audazes.
Recordo
em todos eles a simplicidade de defenderem a verdade em que acreditavam e acreditam, sem pensarem em elogios e ou recompensas.
Particularmente
a si Doutor Martinho, a ti Zé Manuel, a ti Primo António e a ti Magalhães, havemos de almoçar juntos - um dia destes - e voltar
a conversar.
E,
mesmo daqui de longe, queridos amigos, sereis recordados.
Ouvirei
os ecos das vossas vozes, o vosso exemplo de cidadania, de elevado profissionalismo - bem raro nos dias que correm - e de
pura amizade.
Até
lá, com a graça da inteligência, um grande abraço. |
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Habitantes-511
Residentes-HM-410-H-191, ( com mais de 18 anos);
Eleitores
inscritos: 480 (compreendidos entre os n.º 3 e 711);
Famílias-191
Alojamentos-223
Edificios-215
No
reinado de D.Sancho II, Santa Eugénia, fazia parte do concelho de Alijó;
Em
1258, nas Inquisições de D.Afonso III, Aparece no concelho de Murça.
Em
1269, D.Afonso III, ao confirmar o foral de seu irmão, dado a Alijó, ainda inclui de forma condicional, Santa Eugénia no concelho
de Alijó.
A
verdade é que no recenseamento de 1530, (reinado de D.João III), Aparece no concelho de Murça. Só regressou a Alijó com a
reforma administrativa de 1853.
Actualmente,
StªEugénia, tem cerca de 520 habitantes, dos quais 410 são nela residentes; Assim distribuídos por sexo: Homens - 191 ;
Em
1801, segundo consulta efectuada na Biblioteca Municipal de Vila-Real, já existiam 618 habitantes em 118 edifícios, dos quais,
265 eram do sexo feminino.
Em
1849, existiam 417 habitantes em 140 fogos (edifícios, melhor, famílias).
População
existente em 1530
No Recenseamento de 1530, Santa Eugénia
já constava com oito (8) Famílias, ao passo que Pegarinhos só aparecia com três (3).
Desenvolvimento Económico
O
Sector Primário, é o mais importante. Produção de vinho do porto, moscatel, consumo, vinho Espumoso e Azeite. Tem aprox. uma
área de 600ha com autorização de beneficio; a industria de transformação de azeitona, também tem significado. A «Sociedade
Agrícola Quinta de Santa Eugénia», empresa agrícola, dedicada à produção, transformação e comercio, é a maior produtora de
riqueza, oferta de mão de obra e desenvolvimento técnico. Pela sua capacidade de inovação, predisposição para a ciência, sucesso
e novas práticas adaptadas ao tradicional, é um caso a ter em conta, um exemplo a seguir, e, julgo que deveria ser divulgada
e apoiada pelas instituições com responsabilidades governamentais, apresentando-a como «modelo» de práticas a seguir; Estou
convencido de que é com medidas assim, mostrando e aconselhando o que há de bom, que esta região se desenvolve. A «Sociedade
Agrícola Quinta de Santa Eugénia», está sedeada no Largo da Fonte, com o Tel..: 259646174.
Casais agrícolas de maior dimensão, e, consequentemente, de maior utilização de mão de obra: Casal «Santos Melo»,
casal «Malheiro», «Casa agrícola», «Reconco», «Herdeiros de Dr. Ernesto Morais ou Dona Maria da Hora Teixeira de Carvalho».
Desenvolvimento e
Turismo
O turismo, só está a dar os primeiros passos na região
duriense. É uma certeza o seu sucesso futuro. Este «atraso», teve inconvenientes e benefícios. Os inconvenientes
reflectem-se ao nível da consequente menor riqueza adquirida, duma menor rede de infra-estruturas hoteleiras, viárias,
de comunicação, etc.
Os benefícios, reflectem-se na «virgindade» das suas terras,
paisagens, costumes, etc. Pode hoje investir-se no turismo de uma forma mais consciente, sem, como aconteceu em tantos sítios,
destruir tudo à sua volta, desde o ambiente ao ar, desde as paisagens à água.
Contudo, aqui em Stª Eugénia, o turismo, especialmente
o Turismo Rural, é já uma realidade. |
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Acção Social
A cargo da Associação Cultural e Social, com sede na rua da Veiga, n.º10. Telefone: 259645261.
Presidente da Direcção – Manuel Carlos Pereira
Sou Co-fundador
Café Areias - Largo do Cruzeiro, n.º 20. Telefone: 259645035; Café Grande Ponto - Rua Central. Telefone:
259646214; Café Cruzeiro – Largo do Cruzeiro;Turismo Rural – Quinta do Reconco: Telefone: 259645311. O admirador
e apreciador do que de melhor tem este lugar paradisíaco, que pretender pernoitar em Stª Eugénia, apreciar devidamente os
seus manjares, saborear as suas delicias, confraternizar nas suas festas, deixar-se envolver pelos seus famosos «néctares»,
conhecer por dentro as suas lendas, mitos e tradições, sentir na alma a força dos seus costumes, pode fazê-lo na quinta do
Reconco, onde o espera um atendimento simples mas personalizado, podendo usufruir das suas instalações, que comportam
uma suite, cinco quartos, uma sala de refeições, uma sala de estar, uma sala de bilhar, uma piscina, um court de ténis, aquecimento
central e televisão em todos os quartos. Neste local, podem ser apreciados todos os pratos típicos e regionais, degustados
os petiscos destas paragens, saboreados os seus bolos, toda a sua rica doçaria, a enorme variedade do seu «fumeiro». Tudo
isto pode ser acompanhado dos melhores vinhos, vendo directamente quer as vinhas que os produzem, quer o efectuar dos granjeios,
quer, se for época disso, a sua laboração.
Nos cafés referidos anteriormente, pode também apreciar toda a espécie de bebidas, divertir-se com os tradicionais
jogos transmontanos-durienses, no mais fraterno sadio e alegre convívio. |
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Desporto, Saúde, Recreio e Lazer
Desporto
Outrora, fruto de uma intensa actividade, com enorme orgulho e palmarés, encontra-se hoje, porém, sem qualquer
actividade, e, diria mesmo votado ao abandono . Apesar de no corrente ano e já de algum tempo a esta parte, não haver prática
de nenhum desporto em Santa Eugénia, já existiram
no passado algumas modalidades nesta Freguesia, a saber: Futebol de onze – com o Grupo Desportivo, Cultural e Recreativo
a figurar durante algum tempo na tabela da 2ª Divisão Regional – Zona Norte. Futebol de 5 – com organização de
vários torneios maioritariamente para os jovens e durante o verão, com várias participações de algumas equipas em competições
organizadas em Alijó, no Pavilhão Gimnodesportivo, e, por último Atletismo onde chegaram a existir na Freguesia vários atletas
que, apesar de não pertencerem ou estarem filiados em clube algum, tiveram várias participações em algumas provas Distritais
e Regionais, sem no entanto obterem grandes resultados.
Assim, não havendo nos dias de hoje, nenhum
desporto na Freguesia, existem no entanto os equipamentos que podem possibilitar a prática de alguns. Esses equipamentos
são. UM(1) campo de futebol pelado mas com os respectivos balneários; um(1) polidesportivo a céu aberto que foi cedido ao
Grupo Desportivo pela Junta de Freguesia; por fim, a sede desta mesma colectividade – G.D.C.R.- que apesar de não estar
equipada convenientemente para actividades desportivas, pode por ser bastante ampla aprox.(15*8m) possibilitar a prática
de vários desportos, para além de já possuir mesas de Ténis de mesa e Bilhares; tem também palco e bar. O recinto que a envolve,
para além de ser muito amplo, comporta um Polivalente.
Quero acrescentar, que o desporto, principalmente
o futebol, era um factor de enorme orgulho destas gentes. É vê-los, com um exuberante brilho nos olhos, quanto relatam feitos
e resultados de outrora.
Com que alegria nos narram, que foram Campeões
sem derrotas do I.N.A .T.E.L. distrital. Julgo que o futebol, é um factor de fixação dos nativos desta aldeia, e, não entendo
como foi possível o seu enterro (não consigo apelida-lo de outro nome).
Eu, José Nogueira dos Reis, fui Co - fundador do «Centro Cultural e Recreativo»
e co-fundador do actual «Grupo Desportivo Cultural e Recreativo»,Director desportivo atleta, sou natural e residente,
sei o sentir e o sofrer desta gente, pelo «enterro»(não posso apelidá-lo de outra coisa), do seu (deles e meu)querido e distrainte
futebol. Pouco têm, os residentes desta aldeia, que lhe permita passar com o mínimo de alegria, os feriados e Domingos. Se
não forem à «bola», só se forem emborrachar-se!!!
Não lhe destruam o pouco que têm, e, não abalem
o seu orgulho. Por favor, dêem-lhe mais, não lhe extorquem o escasso que possuem. Contribuam para que eles se fixem no local
onde nasceram, não provoquem a sua «Emigração», principalmente, se esta se escrever com E !!!
Nunca se esqueçam que cada emigrante é uma luz que se apaga na iluminação criadora de riqueza do seu
país.
Sou Co-Fundador
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Saúde
Nas imediações do Grupo Desportivo, situa-se a Extensão de Saúde.
Telefone: 259646188
Recreio
É bastante intenso, quer praticado neste próprio local, quer procurado noutras paragens; esta gente trabalhadora,
é também votada ao divertimento e ao «bom viver».
Lazer
Sendo as férias uma preciosidade rara, só ao alcance de uns poucos, não obstante o seu merecimento, é aos
«Fins - de - semana», que se torna mais acentuado, procurando essencialmente
piscinas e rios, essencialmente no período de verão.
A caça ocupa-lhe uma boa parte do lazer.
José Nogueira dos Reis |
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"Patinho no Carnaval" |
Provérbios, cantares, cultos, lendas, etc. com tradição em todo o «Douro» e «Trás-os-Montes», têm também aqui
forte tradição e significado. O Carnaval é vivido com bastante intensidade.
Por exemplo a lenda de que existe um
túmulo nas «Fragas do Vale-Fentoso» e, também, uma «Víbora Encantada»
Específica de Stª Eugénia – Esta aldeia, tem um «Topónimo», e, uma «Padroeira», distinta do topónimo,
porquê?
Reza a lenda, que o topónimo,
deriva do grego:
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Santa Eugénia
Escrito Em Castelhano porque foi no Bairro de Madrid
- onde aconteceu o onze de Março
(11/03/2004)(Santa Eugenia) -
que soube a origem do topónimo. É uma homenagem!! EUGENIA
EugeneioV, eugeneia (eugéneios, eugéneia) es un adjetivo
griego del que derivan los nombres de Eugenio y Eugenia, y significa bien nacido, bien nacida, de buen linaje, de buena índole,
noble. Fue en griego y sigue siendo en sus traducciones, uno de los mejores elogios que se suelen hacer de una persona. Con
él se expresan las cualidades innatas, las que forman parte de la naturaleza de cada uno, aquellas con las que ha nacido.
El prefijo eu (eu) significa "bien", y geneioV (géneios) geneia (géneia) significa "engendrado, engendrada"; con lo que el significado primitivo de este nombre es "bien
engendrada". Se utilizó mucho, no sólo en el griego clásico, sino también en la coiné como sobrenombre elogioso, designando
especialmente la nobleza de espíritu, y de ahí pasó a convertirse en nombre propio cuya fuerza y belleza seduce a cuantos
conocen su significado.
Santa Eugenia
mártir de los primeros tiempos de la Iglesia. Su
culto estuvo muy extendido desde los primeros siglos. La patrística cita el dístico que desde el siglo IV figuraba en la iglesia
de san Avito: Eugeniae dudum toto celebérrima mundo / fama fuit, dum dat Christi pro nómine vita. (La fama de Eugenia
fue célebre en todo el mundo porque dio la vida por el nombre de Cristo.) Con ser tan grande su celebridad, son escasos los
datos biográficos que de ella se conservan. Cuenta la tradición que era Eugenia hija de Felipe, el prefecto de Alejandría
que luego fue obispo de esta ciudad y sufrió el martirio. Cuenta asimismo que los santos Proto y Jacinto, que también sufrieron
martirio, eran esclavos suyos. Fue ella misma quien les transmitió la fe en Cristo. También ella sufrió persecución y fue
sometida a suplicio y muerte detrás de sus esclavos.
Las Eugenias
celebran su onomástica el 11 de septiembre; pueden optar también por celebrarla el 3 de enero, en que se conmemora
el martirio de santa Eugenia de África; o el 26 de marzo, conmemoración del martirio de santa Eugenia de Córdoba (Marmolejo),
víctima de la persecución sarracena el año 923. En cuanto a la forma masculina de este nombre, ha sido también sumamente apreciada:
dieciocho santos, entre ellos cuatro papas, lo llevaron. Se llamaron también Eugenio un emperador romano, siete reyes de Escocia
y varios príncipes de casas europeas. Pero nadie como la emperatriz Eugenia dio lustre a este nombre. Nació en Granada (1826)
y murió en Madrid en 1920. Vivió casi un siglo. Fue emperatriz de los franceses. Su apoyo al proyecto del canal de Suez fue
decisivo.
Es el de
Eugenia un nombre lleno de fuerza, que emana de su propio significado. Los nombres, como creían nuestros antepasados,
tienen cada uno su propia virtud, y actúan como un talismán. El de Eugenia sabemos en qué dirección actúa: empuja a quienes
lo llevan a ser coherentes con su nombre y a cultivar la nobleza de espíritu, la magnanimidad, la confianza en las propias
fuerzas y toda la virtud que emana del mismo nombre; fuerza y virtud que han ido incrementando cada una de las grandes mujeres
que lo han llevado. Por ello las Eugenias pueden legítimamente sentirse orgullosas de su nombre y llevarlo como salvaguarda
de la nobleza de espíritu que con él pregonan. ¡Felicidades!
http://josereis.tripod.com |
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E a Padroeira, de uma «Lenda»!!??
Diz-se,
que «Santa Eugénia», Padroeira desta freguesia, costumava ser, injusta, brutalmente, e, mesmo «brutamente», castigada
por seu pai; de tal forma que uma certa vez, ele se dirigiu para a filha, com o determinado propósito de a partir
ao meio com um «machado». Deus, acudindo em defesa de Santa Eugénia, no momento preciso em que o pai de «Eugénia», ia a desferir
o mortal golpe, enviou um raio de trovão. «Santa Barbara, apercebendo-se do acontecido, pediu a Deus que lhe perdoasse. Então,
o raio, apenas desfez o machado em mil pedaços, poupando o «carrasco». A partir daí, a «Santa Barbara», foi-lhe facultado
o poder sobre as trovoadas. Devido a tal facto, as gentes deste local, entregaram o seu coração a «Eugénia», dando-lhe o nome
da sua morada; a sua protecção, a «Santa Barbara», que segundo eles, ainda hoje os vigia e protege do alto do monte com o
seu nome (Cabeço de Santa Barbara). |
Outrora
muito diversificado, hoje praticamente extinto.
Brinquedos, Tradicionais
A
«Carroça», «Peões», «Pau-de-chona e chona», «Finchas», «Banquinhas», etc..
Festas e ou Romarias
Em
honra de Santa Bárbara, sempre na penúltima semana de Agosto
Natal,
Páscoa e santos Populares
Editorial
de Santa Eugénia
(Boletim publicado
na internet e de actualização Quinzenal)
Autor
e Proprietário:
José
Nogueira dos Reis |
Autor: José Nogueira dos Reis |
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APENDICE FOTOGRÁFICO
PEDAÇOS DA
LAjE DO CONCELHO
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